Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.

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27 de abril de 2010

Projeto Sal .

HISTÓRIA DO SAL



A palavra sal vem do vocabulário grego hals, halos, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra halita, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais.

O Cloreto de Sódio, que existe abundantemente na natureza, é conhecido como sal comum. O Sal é de uso antiguíssimo. Os Romanos consideravam-no como símbolo de sabedoria. Ainda hoje, um dos principais acessos de Roma chama-se "Via Salaria", era por esse caminho que chegavam as caravanas trazendo sal para a capital do Império. Eram as medidas de sal que se pagavam o trabalho dos obreiros, donde a palavra salário, usada ainda entre nós.


A palavra sal vem do vocabulário grego hals, halos, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra halita, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais, que é o sal gema. As Jazidas de sal gema descobertas no Brasil, encontram-se nos Estados de Sergipe, Alagoas e Amazonas.
Todos os mares do mundo contêm Cloreto de Sódio em solução, misturado com outros sais, dos quais os principais são: Sulfato de Cálcio, Sulfato de Magnésio, Carbonato de Cálcio; Cloreto de Magnésio, Cloreto de Potássio, Brometo de Potássio.


Para se construir uma salina são necessárias três condições básicas que são estas: Proximidade contígua ao mar, topografia adequada, condições climáticas favoráveis.


Podemos citar pontos mais remotos da sua utilização, como informam alguns autores, secundados por boa documentação, o que o seu uso na Europa data de mais de cinco mil anos, tendo sido utilizado inicialmente no preparo do trigo e do centeio. O seu comércio foi objeto de legislações especiais na Ásia e na África. Na China, há cerca de quatro mil anos, era ele considerado como de extraordinária expressão para o interesse da coletividade.


A primeira fortuna capitalista, a dos Stroganon, teve como base a exploração, no século XVI, das jazidas de sal de Moscovia.


Homero conta de Nereus, rei do Mar, deu sal como presente de casamento a Peleus. Desde a antiguidade, esta dádiva dos deuses está associada tanto à religião quanto à bruxaria.


No Velho Testamento, o Livro dos Reis vangloria as qualidades purificadoras do sal. Entretanto, o sal também trazia desgraça - um salmo relata que Deus podia transformar rios em desertos e terra fértil em pântano de sal, como castigo pela crueldade dos seus habitantes. E em Juizes, 9:44, Albimilech capturou a cidade de Shechem, matou as pessoas que ali se encontravam, arrasou a cidade e semeou-a de sal. E, ainda transformou a mulher de Lot em estátua de sal quando esta se voltou para olhar a destruição de Sodoma e Gomorra.


O Nono Testamento apresenta o sal de modo mais positivo. No Sermão da Montanha. Jesus declara que vós sois o sal da terra; mas se o sal tiver perdido o seu sabor, com o que haveremos de salgar? Então não serve para nada. senão para ser jogado fora. Os Livros de Mateus e Marcos fazem alusão ao sal como dádiva da terra.


Na Idade Média, os alquimistas usavam o sal como elemento entre o Mercúrio e o Enxofre e era, portanto, essencial à transmutação de metais. O sal também tinha o poder de manter afastados o demônio e as bruxas. Na verdade, uma pessoa que comia alimentos sem sal era considerada altamente suspeita. A Última Ceia, de Da Vinci, retrata um saleiro derramado perto de Judas, apontando a sua traição.
Quando o homem neolítico decidiu cozinhar a sua carne e adicionar vegetais e mingau de aveia à sua dieta básica, ele teve que adicionar sal para compensar o sal que existe naturalmente em carnes cruas. Os povos neolíticos não tinham técnicas de mineração, porém, o sal era fácil de ser encontrado.
Por volta de 800 anos antes de Cristo, a civilização Halstatt, na Áustria de hoje, escavava sal e o comércio desse produto primário muito necessário se espalhou por toda a Europa Central. Na África do Norte, durante o mesmo perÍodo, o sal era extraído de lagos salgados, utilizando-se de técnicas que ainda hoje são usadas.


Na Idade Média, o sal era essencial para a preservação dos alimentos, portanto, foi o freezer de nossos ancestrais. Muito antes, pescadores Holandeses tinham aprendido a usar sal para preservar o arranque, proporcionando, desse modo, uma fonte de peixe durante o ano inteiro para as populações européias. Pouco tempo depois, apareceu o bacalhau salgado.


Já que era tão precioso quando vital, o sal tornou-se um meio de controle político e econômico. Em 1340, Phillippe VI, da França, criou um monopólio estatal para o sal e instituiu o odiado gabelle, imposto sobre o sal que era aplicado de modo injusto - a taxa variava de
1 a 20, dependendo da região. O imposto terminou sendo abolido em 1791. Não haveria vida humana sem Cloreto de Sódio (Sal de Cozinha). Escavado desde os tempos neolíticos, o sal emergiu rapidamente como poderoso instrumento econômico e político. Hoje em dia, é uma das matérias-primas mais corriqueiras e abundantes da terra. Encontra-se no mar, na terra e em Pântanos, e pode até mesmo ser fabricado. Já foram contados 14 mil usos de sal, sem incluir o seu papel simbólico no inconsciente coletivo.


O Brasil, em 1937, era um dos maiores produtores de sal do mundo. Entre nós, já era conhecido de várias tribos Indígenas, mas o seu consumo somente tomou vulto a partir dos fins do século XVII, como reflexo das atividades da mineração e o desenvolvimento da pecuária. Vale lembrarmos que
em nossa História, tivemos o ciclo de couro, e que o sal está muito ligado a ele. As salinas de Mossoró e do Ceará, só foram descobertas durante a Guerra Holandesa.


Em São Paulo, por vista de 1710, Bartolomeu de Faria, indignado com a exploração dos comerciantes de sal, assaltou os depósitos do produto de Santos, apoderando-se da mercadoria e vendendo-a a todos que desejavam comprá-la, por preço justo na época, depois pagando honestamente, aos ambiciosos proprietários (contratadores). Nessa época, nas zonas de mineração, os brasileiros chegaram a pagar 500$000 por alqueire de sal, quando igual quantidade em Portugal custava apenas 53 réis.
Já foram criados no Brasil vários órgãos, através dos tempos, com a finalidade de organizar e ordenar a sua comercialização, preço, qualidade, etc. Citaremos alguns, como: Repartição, que foi importante na época (1641). Essa instituição foi extinta de 1852; Instituto Brasileiro do Sal; Comissão Executiva do Sal, das quais nenhuma existe mais.


O emprego do sal, hoje, é extremamente variado. É utilizado para produção de cloro, soda cáustica, barrilha, ácido clorídrico, vidro, alumínio, plásticos, têxteis, borracha, hidrogênio, celulose e muitos outros produtos químicos. está presente a composição de 104 dos 150 produtos químicos mais importantes.


PRODUÇÃO DO SAL



O SAL é um produto mineral extraído das águas salinas do mar, onde podem ser utilizados vários processos de extração, um deles é por EVAPORAÇÃO NATURAL.

DECANTAÇÃOS DAS ÁGUAS DO MAR - Fase 1

As águas salinas antes de chegarem até os decantadores, passam por canais que normalmente são abertos por máquinas de grande porte, e em muitas vezes, são feitos por bombeamento. Nos decantadores, as águas passam grandes períodos de tempo para que haja decantação de impurezas e para que seu grau de salinidade se eleve.


(FASE 1 / 2)

DOS DECANTADORES AOS CRISTALIZADORES - Fases 2 e 3

Após terem atingido um grau de salinidade desejada, as águas salinas são transferidas para os cristalizadores, os mesmos, por sua vês, se encarregam de elevar a temperatura das águas, havendo assim a sua evaporação, após a evaporação completa das águas, os cristalizadores criam uma lâmina de sal, que são extraídos por grandes máquinas, tais como enchedeiras e tratores, etc.


(FASE 3)

LAVAGEM E ARMAZENAMENTO - Fases 4 e 5

Após a suas extração, o sal passa por um processo de lavagem, para que todas as impurezas sejam eliminadas, utilizam-se grandes lavadores com capacidade de até 500 toneladas/hora, após sua lavagem são armazenados em grandes serrotes, onde podem passam vários anos sem que haja comprometimento na sua qualidade.


(FASE 4 / 5)

TRANSPORTANDO ATÉ A REFINARIA - Fases 6 e 7 TRANSPORTANDO ATÉ A REFINARIA - Fases 6 e 7

O sal é transportado dos serrotes à grandes indústrias de refino, este transporte é realizado por caçambas e graneleiros, a distância entra os dois pontos podem chegar até a 150 Km.


(FASE 6 / 7)


O PROCESSO DA REFINAÇÃO - Fase 8

Após a entrada do sal bruto na empresa, o mesmo é analisado e selecionado para beneficiamento, no caso do sal refinado, o sal passa por fornos contínuos com até 500 oC, para que seja extraída toda umidade, logo após o sal é moído em renares de alta potência e em seguida peneirado, para que tenha no final do processo uma granulometria ideal, e consequentemente a qualidade desejada. Em seguida, o sal é transportado até às máquinas empacotadeiras, que no caso, se encarregam pelo controle de embalagem, peso e enfardamento do sal. Após esta tarefa, o sal fica pronto para seguir viagem até você.


(FASE 8)

TRANSPORTANDO O SAL ATÉ VOCÊ - Fases 9 e 10

O sal já beneficiado é transportado para todo o Brasil por carretas transportadoras até seu ponto de destino, que podem ser, supermercados e grandes distribuidores, assim chega em nossas mesas, O SAL NOSSO DE CADA DIA.


(FASE 9 / 10)

Um comentário:

  1. Olá, meninas....Amei o blog. Vocês entenderam a proposta e agora o PROFESSORAS MALUQUINHAS FIMES" é mais uma rica fonte de pesquisa e troca de ideias entre pessoas que tem compromisso com a educação....Estou orgulhosa de vocês...Bjs

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